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terça-feira, 3 de maio de 2011

Agora eu já sei...

E eu caminhei, e caminhei nas areias da minha ilusão, de olhos fechados, curtindo a leve brisa que moviam meus cabelos, sentindo o cheiro daquela água salgada, ouvindo as ondas se bater contra a margem, e eu caminhei...
Caminhei sem saber pra onde estava indo, mas certa de que não estava perdida, eu caminhei, com aquela esperança de chegar ao meu destino, olhar pra trás e não ver somente meus passos naquela areia, caminhei com um grande desejo no coração, lagrimas nos olhos e um gosto amargo na boca, sabe, aquele gostinho de solidão?
Solidão, algo que é necessário as vezes, mas não chega a ser essencial pra vida.
E eu sonhei, sonhei com manhãs com canto dos pássaros, com o som dos mensageiros dos ventos se debatendo na varanda, com um nascer de sol exuberante, com um  Legião Urbana tocando bem baixinho nas caixinhas minúsculas do meu mp4, sonhei com café na cama, bem, café em modo de dizer, por que você sabe eu odeio café. Sonhei também com pic nic ao por do sol, com direito á toalha xadrez vermelha, suco tang com espuminha e você.
Só que de repente eu acordei...  Acordei ao som de Overkill do Motorhead no volume Maximo, e então me deparei com a grande realidade da minha vida.
Não importa quantos km eu vou andar nessa areia, se quando  eu chegar no meu destino, são só minhas pegadas que eu vou encontrar quando olhar pra trás, ou seja, você nunca caminhou do meu lado, essas areias, e essas ilusões foram únicas e exclusivamente minhas.
Não importa se eu sonhei com um paraíso e com você dentro dele, porque agora eu aprendi a construir meu próprio paraíso no qual você não existe mais.
E isso é imensamente melhor que acreditar que a gente ainda se encontraria na próxima vida.