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terça-feira, 19 de março de 2013

“Já tive outros e já amei outros. Já sofri por eles e já quase te esqueci graças à eles também. Mas depois que acaba, no fim, ou no intervalo de um para o outro, quando só me sobra eu mesma e minha confusão, meus sentimentos me encaram e me confrontam, e eu só vejo você. Só tem você ao meu redor no sábado de noite terminando com alguém. Tem você quando eu me fecho e não deixo ninguém entrar na minha vida, porque morro de medo e é sua culpa. Você na forma como eu escrevo, na música do Leoni, no texto da coca-cola. Cada parte do que eu sou… ainda é você. Mil anos e alguns caras depois e ainda é você.”
— Iolanda Valentim.

Filme: Querido John

“Ninguém vai te fazer sorrir como eu fazia. As piadas das outras pessoas não terão a mesma graça. Você irá sorrir por educação e não porque realmente achou graça. Então você se lembrará de mim. De como as minhas piadas sem graça te faziam sorrir, eu sei que você não ria das minhas piadas, mas sim, do meu jeito engraçado de contar, de não saber contar. Você ria da forma como eu começava rir antes mesmo de terminar. Ria do gesto que eu fazia com a mão como quem quer dizer “entendeu”. A minha ausência irá te assombrar, eu sei. Ninguém vai te mandar ouvir músicas que irão te trazer nostalgia, como as que eu te indicava. E se por ventura, alguém te pedir pra ouvir umas das minhas músicas eu sei que você irá se lembrar de mim. E nesse momento vai sentir o peito apertar, a saudade sufocar. E por alguns segundos, com o celular em mãos, vai querer me ligar. Vai escrever algum torpedo qualquer, mas vai hesitar em me mandar. E no fim do dia, quando a noite chegar e a carência aumentar, eu vou te assombrar. A minha presença vai te visitar e como quem não quer nada vai ser inevitável não se lembrar. De mim, de nós ou do que um dia já fomos.”