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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Porque?

Por que eu ainda te espero?
Por que????
Porque eu ainda fico toda nervosa qdo tenho noticias suas?
Por que eu ainda quero matar todas as garotas que possam chegar mais perto de vc do que eu, por que meu deus... por quê?
Eu já tentei não mais pensar em vc, já tentei não mais entrar na sua pagina de orkut, já tentei não mais escrever nada sobre vc, eu já tentei, e eu juro...
Mas por que que eu não consigo?
Por que que qdo eu vou dormir, eu rezo por vc todas as noites?
Por que que doi tanto saber que vc não vai voltar mais?

Por que que eu não consigo ser inteira em nada nessa minha vida sem vc?
Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente.

Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo.

Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente.

Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.

Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho.

Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada.

Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: "Ei, não quer conhecer minha casa nova?" Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca.

Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.

Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto.

O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.

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